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REUTERS/Sandra Stojanovic
 

31 de outubro de 2025 - Mundo

País segue em estado de calamidade; 77% do território está sem energia e milhares vivem em abrigos

Moradores da Jamaica começam a lidar com os estragos deixados pelo furacão Melissa, que atingiu o país na terça-feira (28) com ventos de até 295 km/h, uma das maiores velocidades já registradas no Atlântico. A ilha permanece em estado de calamidade, com 77% do território sem energia elétrica e mais de 25 mil pessoas abrigadas.

Imagens de satélite mostram a devastação no sudoeste da ilha, especialmente na cidade de Black River, apontada pelo primeiro-ministro Andrew Holness como o “marco zero” da destruição. Segundo ele, até 90% dos telhados da comunidade foram arrancados pela força dos ventos.

Equipes de resgate utilizam maquinário pesado para desobstruir estradas e alcançar regiões isoladas. Moradores relatam perdas totais.

“Eu não tenho mais uma casa”, disse Sylvester Guthrie, morador de St. Elizabeth. “Tenho um terreno para recomeçar, mas vou precisar de ajuda.”

O governo jamaicano reabriu o aeroporto internacional e começou a receber voos com ajuda humanitária, transportando água, alimentos e suprimentos básicos.

“A devastação é enorme”, afirmou o ministro dos Transportes, Daryl Vaz.

Além da Jamaica, o furacão deixou ao menos 25 mortos e 18 desaparecidos no Haiti, e causou inundações e prejuízos agrícolas em Cuba, embora sem vítimas fatais.

Classificado na categoria 5, Melissa segue agora em direção ao Atlântico Norte, após devastar o Caribe com intensidade considerada “sem precedentes” pela ONU.

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