Cadastre-se
Reprodução
 

 

04 de dezembro de 2025 - Brasil

O Tesouro Nacional negou o pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, operação que seria conduzida por um consórcio de cinco bancos. A decisão ocorreu devido à taxa de juros considerada excessiva — 136% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) — proposta pelas instituições financeiras. A operação havia sido aprovada pelo Conselho de Administração da estatal no último sábado (29).

A negativa foi comunicada ao presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, durante reunião no Ministério da Fazenda, segundo informou a Agência Brasil. Sem a autorização do Tesouro, a União não pode oferecer garantias contra possíveis inadimplências, condição que praticamente eliminaria o risco das instituições financeiras.

Com o veto, bancos e Correios podem tentar renegociar a taxa, limitada agora a 120% do CDI. Outra alternativa é aguardar um aporte direto do Tesouro Nacional para ajudar a cobrir o prejuízo acumulado pela empresa, que somou R$ 6,05 bilhões entre janeiro e setembro deste ano.

Em comunicado interno, os Correios confirmaram a recusa do empréstimo e informaram que a Diretoria Executiva está articulando soluções com diversos ministérios para garantir liquidez imediata. A estatal afirmou estar comprometida com as ações necessárias para sua recuperação financeira.

Os Correios tentam fechar a operação desde outubro, como parte de um plano de reestruturação divulgado em novembro. O projeto inclui um programa de demissão voluntária, o fechamento de mil agências e a venda de R$ 1,5 bilhão em imóveis. A intenção é quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, regularizar pagamentos a fornecedores, modernizar o serviço de encomendas e buscar novas fontes de receita.

 
  • Qual o destino dos correios?
  • Compartilhe